19.6.22

Gênero textual - Música Sertaneja - "Canção do lenço" - "Boi de carro" - Leitura, interpretação e dramatização em foco.

 




Boi de carro  -  Claudio Rios

Fui buscar um boi de carro
Que estava na prisão
Pra levar pro matadouro
A pedido do patrão
Quando eu joguei o laço
O animal pra mim olhou
O que ele me falou
Foi de cortar o coração

Me disse assim portador
Destino triste é o meu
Eu não sei por qual motivo
O meu patrão me vendeu
Ajudei a tanta gente
Fui escravo do roçado
Depois de velho e cansado
Ninguém me agradeceu

Ao lado do boi vapor
O meu primeiro parceiro
Só puxava o carro cheio
Obedecendo ao carreiro
Na passagem do riacho
Me ajoelhava no barro
Ou desatolava o carro
Ou quebrava o tanoeiro

Quem trabalhava comigo
Batia por desaforo
Cortava meu corpo inteiro
Com um chicote de couro
Invés de me libertar
Para morrer no cercado
Meu sangue vai ser jorrado
Na tábua do matadouro

☙☙☙☙☙☙☙☙☙☙☙☙☙☙☙☙☙☙☙☙☙

Canção do lenço  -  Claudio Rios 

A minha vida é um romance
De tristeza e de ilusão
Eu só sei que o destino
Quis me fazer traição

Esperança perdida
Quando conto minha vida
Dói em qualquer coração
Eu amei e fui amado

Já vivi bem satisfeito
Gozei a minha infância
E tirei grande proveito
Desfrutei a mocidade

Nunca pensei que a saudade
Viesse morar em meu peito
Na festa de Santo Antônio
Eu fui dançar no salão

Encontrei com uma donzela
Que tinha linda feição
Eu convidei para dançar
E senti o amor entrar

Dentro do meu coração
Eu perguntei a menina
Se ela era comprometida
Ela respondeu que não

Nunca amei e nem fui querida
Aí começou nossa amizade
Que deixou a saudade
Pro resto da minha vida

Após um ano e seis meses
Desse namoro da gente
Mas o destino não quis
Que o nosso amor fosse a frente

Mas a morte enfurecida
Levou minha querida
Que eu amava loucamente
Um dia fui avisado que a menina

Adoeceu
Fui urgente a casa dela
Saber o que aconteceu
Nessa hora de aflição ela

Estava com um lenço na mão
Pegou o lenço e me deu
Me disse amargurada
Para mim não resta mas cura

Minha alma vai pra Jesus no Céu
E meu corpo pra sepultura
Se despediu de seus pais
Deu adeus pra nunca mais

Nessa hora de amargura
Comigo guardei o lenço
Que recebi das mãos dela
Roxo da cor da saudade

Bordado com letras amarela
Perdi toda esperança e
Hoje só resta a lembrança
Do amor que eu tinha a ela

As letras do nome dela
É um A um M e um B
O lenço de minha querida
Guardei pra não esquecer

Nunca mais eu tive alegria
Depois que ela morreu
Mas quando de tristeza eu chorar
O meu pranto irei enxugar no lenço que ela me deu


Cláudio Rios - O vaqueiro do Forró, com seu carisma e talento contagia multidões a onde passa.
Estado - AL
Cidade - Maceió
Site - http://cabeludo.com.br








































Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua presença aqui mim alegra!
Apresente sugestões.
VOLTE SEMPRE!
Bjs